terça-feira, 30 de dezembro de 2008

trabalho

Tem basicamente duas coisas com as quais estou ocupando meu tempo hoje, e a primeira é o trabalho. Desde o começo. Sempre que tive qualquer trabalho, foi essa minha prioridade.

O problema é que o trabalho não me prioriza da mesma forma. Hoje entendo isso, e acredito que ninguém consegue fazer isso simplesmente por que têm outras prioridades. Ninguém se importa tanto com trabalho. Por menos que pareça, até pra mim mesmo, eu sempre me importei mais do que os próprios donos de cada empresa.

Bem, por isso terminei buscando ter outras prioridades também. E a minha outra prioridade hoje está sendo meu conturbadíssimo namoro. Começou neste mês, com o primeiro e único beijo, e só vi ela 3 vezes desde então. A partir de hoje, pretendo dedicar cada vez mais tempo a isso, e cada vez menos tempo ao trabalho. Respeitando as 170 horas mensais.

Não existe mágica, não sou super dotado de poderes ou intelecto. Se acreditam que consigo produzir bem, não é por que possuo um dom. É simples organização. E consigo fazer isso com basicamente qualquer coisa. Contudo ainda tenho um grande problema em escrever textos mais sucintos. Isso por que escrever não é nem um pouco fácil, por mais que pareça.

Digo isso por que neste trabalho eu já disse desde o começo que não queria fazer linha de produção, programação. E disse isso por que me frustra fazer coisas que jamais serão efetivamente usadas. Me pedem pra fazer tanta coisa inútil, só por que consigo fazer... Tanta coisa que eu olho pra frente e não vejo futuro. Dá pra saber que não tem utilidade.

Mas pedem. E pagam pra ver. E estão pagando cada vez mais caro. E ainda não é suficiente pra me animar, por que os custos mais caros vêm juntos. Qualquer um com algum tempo no mercado sabe que salário maior não é sinônimo de ganho maior. E no meu caso o ganho é ainda mais díficil de ser concretizado, pois não tenho 1 centavo investido no meu nome.

Pode-se dizer que tudo que já tive, investi ao máximo no meu próprio intelecto. Mas isso ainda não surtiu rendimento. Felizmente, está começando a dar sinais.


Hoje, no trabalho, executei as tarefas que o líder técnico pediu. Não tenho um relatório da situação, mas tenho certeza que, assim como no meu primeiro dia de trabalho, minha produtividade hoje, e nos últimos dias, foi pelo menos o dobro do segundo melhor em produtividade da equipe. E ele é bom. Melhor que eu em vários aspectos.

O que quero fazer neste trabalho atual, na Sterling, é exatamente melhorar a forma como eu vejo que o trabalho é feito. E sei resolver problemas técnicos, mas preciso saber quais são. Preciso de acesso aos dados. Todo e qualquer dado da empresa. Infelizmente, já senti, e me frustrei, ao saber que isso não existe. Não está disponível. Ninguém quer informar. Sim, isso inclui principalmente movimentação de dinheiro. Não, não estou interessado em lucro. Nunca estive.

Vou tentar explicar meu conceito de dinheiro em poucas palavras...

Acredito que dinheiro é a principal base dos problemas de uma empresa não pela falta ou pelo excesso mas sim pela distonância de valores. O ganho de cada membro da costuma estar vinculado diretamente, e quase exclusivamente, com cada respectiva responsabilidade. Se pensar em dinheiro como um captador de recursos humanos, isso está relativamente correto. Mas a moeda é uma troca de bens materiais, desde o princípio, e o ser humano não é um bem material.

O erro no conceito traz conseqüências das mais diversas. E esse é um conceito extremamente díficil de entender, talvez pela simplicidade.

A abordagem tem que ser de transparência. Informações jamais devem ser escondidas, apenas organizadas. A comunicação entre qualquer membro deve ser irrestringível, mas não irrestrita. E para isso tudo já existem ferramentas que são subutilizadas na tecnologia da informação, incluindo o próprio sistema de mensagens. O exemplo simples é comparar o gmail com o resto, assim como o google com o resto dos sistemas de busca.

Quanto a isso falarei mais depois. A questão hoje foi começar a mudar, coincidentemente com o fim do ano, minha prioridade para com o trabalho. Isso vai implicar em reduzir minha produtividade mas é um custo com o qual eu posso arcar e ainda me manter nos padrões do mercado, e o valor que me pagam. Já que é isso que insistem em demonstrar que querem.

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